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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Bota a cara no mundo, Elias!



O cigarro no cinzeiro, o óculos sobre a mesa e o café já morno na mão. No coração nada. Não tem ninguém no quarto, ninguém na cozinha, a casa toda anda vazia como a caixa de correio também está a alguns meses.

Aquele jovem colega de trabalho havia dito “bota a cara no mundo, Elias”

Os Rapazes da idade dele costumam ser felizes. Decidi que vou sair na rua com o meu suéter surrado procurar alguma coisa. Felicidade não, sou velho demais pra ser feliz.


Encontro  um bar com cheiro de mijo que parece ser o mais agradável dos bares com cheiro de mijo aqui perto de casa, tomo duas cervejas bem geladas e uma dose de cachaça até que chegam alguns jovens felizes e barulhentos demais para um velho rabugento  como eu.


Saio do bar, atravesso a rua e um rapaz bêbado quase me atropela com seu carro e a sua juventude, só não atropelou porque ainda estava sóbrio o suficiente para desviar.
 

A essa altura da vida, um atropelamento não seria ruim. O impacto com o carro que antes me fazia correr pra calçada parece doer menos que a vida. O carro é como uma solução. Ele, uma corda, uma bala na cabeça, um punhado daqueles comprimidos que matam as piruas infelizes. Tudo isso leva a vida junto com a dor, mas quem se importa?


“Bota a cara no mundo, Elias”
O rapaz do trabalho não deve saber o que é o mundo pra um velho sozinho como eu, quando a gente é velho, tudo que deu errado vira remorso, e quando tudo deu errado o remorso é tão grande que engole qualquer sentimento que tentar se aproximar. Quando a gente fica velho a gente desiste. Eu costumo dizer quando tento parar de fumar “Agora não tem mais jeito, tô velho demais pra mudar alguma coisa”.

Quando a gente é velho passa a vida esperando a hora de morrer por ser velho demais pra viver e covarde demais pra morrer.


Acho que todo mundo acaba assim, mas seria mais fácil se alguém dividisse esse remorso tão grande comigo, ou ocupasse uma parte de mim com amor, carinho e todas essas coisas que a gente lê nos livros, talvez assim sobrasse menos espaço vazio, talvez o remorso não tivesse tanto espaço pra crescer, ou talvez eu mereça todo esse remorso.

Volto pra casa. Acho que vou comprar um cachorro. Um cachorro ou uma corda.


sábado, 15 de outubro de 2011

Olha quem voltei

Em meio a ratos no salgadinho, morte do moço da apple, o galere todo em greve, sanduíches de buceta e outras coisitas mais, aqui estou eu estudando e trabalhando e pouco me importando pra essa porra toda.
Agora eu volto a divagar sobre a vida. Eu concluí que a gente passa a vida toda em busca de coisas que a gente não quer de fato, só passa a querer porque a sociedade quer que a gente queira.oi?
Essa é a hora em que eu deixo tudo mais claro (ou mais confuso ainda):
Por que nós estudamos? porque os nossos pais querem que tenhamos formação para ter um bom emprego.
Por que queremos um bom emprego? porque a gente quer o carro que passa na propaganda, a casa mais bonita do bairro, a roupa da moça da novela, a sandália da xuxa para nossa filha ou o carrinho da hot weels para o nosso garotinho, enfim, estamos em busca do que a sociedade diz que precisamos. Queremos comprar aquilo que querem nos vender, independentemente do que seja.
Ok, se cada um fizesse o que está realmente afim o mundo seria uma zona e nós, os lindos Homo sapiens, voltaríamos ao nosso posto de selvagens, sem leis, sem nada. Mas eu não acredito que a melhor solução para isso seja conter os nossos instintos, reprimindo cada vez mais as nossas vontades individuais. Acho que se precisamos ser reprimidos é um sinal de que somos selvagens e se somos selvagens não deveríamos lutar contra isso.

No fim a gente acaba se tornando uma massa homogênea que gosta dos mesmos lugares, tem o mesmo corte de cabelo, quer as mesmas roupas e busca uma felicidade que já veio pronta, que já é anteriormente definida, como se todos nós ficássemos felizes ou satisfeitos com as mesmas coisas e esquecendo que esse "todos nós" é formado por vários "eus" que podem ou não ter coisas em comum.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Porra, montanha. Tá atrasada!!

Se Maomé não vai à montanha, uma hora a montanha vem até Maomé.

Eu, como muitas pessoas, acredito em destino, não aquele escrito certo em linhas tortas que tanto falam, não acho que as coisas sigam uma ordem cronológica para acontecer. Acredito que se algo tem que ser seu, essa coisa (ou pessoa) será sua, independente de você correr ou não atrás. De fato, nem tudo o que queremos está destinado a nós, por mais esforçados que sejamos.

Ok, já me ferrei muito com esse pensamento, e já perdi muita coisa por não correr atrás, mas quem não perde algumas coisas de vez em quando? E, caralho, você acha mesmo que eu tenho bons conselhos pra dar?

A diferença de quem corre atrás e de quem não corre é que quem se atira para conseguir o que quer conhece bem algo que me assusta profundamente; a decepção. Quando nos empenhamos muito e não conseguimos alcançar o que almejamos, a dor é maior porque apesar de dar tudo de si, nem assim fomos capazes, quando não há esforço ainda resta a impressão de que com algum empenho, conseguiríamos alcançar até mais do que o que almejávamos, e é isso que faz de quem diz "foda-se" pra porra toda sinta-se melhor e mais seguro por mais que o resto do mundo o ache um merda você sabe que ainda pode melhorar, até porque nunca deu o melhor de si e nem sabe o quão capaz você é (ou não).

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Não troque o duvidoso pelo certo

"Não troque o certo pelo duvidoso"?

PORRA NENHUMA!

Você realmente acha que alguém descobriu algo novo adotando as verdades absolutas que insistem em colocar em nossas cabeças?

Coisas que hoje são tomadas como certas já foram consideradas absurdas no passado e não deve ser diferente atualmente. O que você acha tolo e sem sentido pode estar mais certo do que você imagina porque nunca se sabe tudo sobre todas as coisas, há e sempre haverá necessidade de novas descobertas e você pode ser dono de uma delas (ok, você talvez não, mas acho válido o incentivo).

Devemos fugir do senso comum, principalmente se esse nos for imposto. Duvide dos cientistas, duvide do padre, duvide de mim, duvide do Zeca Camargo, duvide dos asiáticos(por mais inteligentes que eles pareçam ser). O ser humano acha que é o mais inteligente dos animais e que conhece bem o mundo em que vive, mas há muita coisa entre o que as coisas realmente são e o que nós acreditamos que elas sejam.

Tudo faz sentido se você entender que as coisas não precisam fazer sentido para existir.



E mais uma vez eu não sei o motivo da foto.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Preconceito saudável

Por algum motivo, só de ouvir a palavra "preconceito" as pessoas já se prontificam em dizer que são contra e já processam na castanha do Pará que existe em suas cabeças que preconceito é a mesma coisa que racismo e algo que levará a sua alma diretamente pro inferno.

Pois bem, e se eu disser que sou preconceituosa? É, eu sou preconceituosa e digo mais: Você, provavelmente, também é!

Julgo as pessoas muito superficialmente e não me envergonho disso. Tenho pra mim que é isso que todos nós fazemos.

É impraticável conhecermos profundamente todas as pessoas que estão à nossa volta. Eu gostaria de conhecer meticulosamente cada ser antes de julgá-lo mas sinto muito o fato de isso não ser possível, então, não tenho acanhamento em dizer: Sou preconceituosa.

Termino dizendo que as pessoas deveriam abandonar essa ideia de que preconceito é algo desumano, algo bárbaro, e pensar que é algo que está intrínseco no ser humano. E claro, para quem achar que eu sou uma ogra depois desse post, eu concordo que preconceito racial e social é tolice, mas isso é papo para outras xícaras de chá.



Alguém me ajuda a encontrar um motivo por eu colocar essa imagem?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

TV: Mídia capaz de distrair, divertir, informar... (e manipular)

Alô você que acompanha a tragédia da região serrana do Rio e acha que só isso importa, você está sendo manipulado!

Já reparou que todos os jornais não falam nada além disso? Já reparou que isso acontece com frequência? Não uma tragédia em si, mas sempre há alguma coisa para chamar a atenção das massas e desfocar do que realmente importa.

Acompanhar uma tragédia como essa não vai resolver os problemas dos afetados pelas chuvas, se você quer ajudar, faça uma doação, porra!

Enquanto a mídia divulga o que quer o mundo não pára e coisas acontecem sem que você perceba.

Abre o olho, manolo!

Tente acompanhar coisas realmente relevantes da maneira como você acompanha reality shows, dê uma espiadinha nas coisas que acontecem sem ser divulgadas, não se prenda a nenhum canal e principalmente, não absorva pontos de vista, absorva a informação, processe-a e então tire suas próprias conclusões.



E o pedro bial é gay, ele é gay que eu sei ♪ (Se você leu até aqui, sou grata)